terça-feira, 15 de setembro de 2009

periodo pombalino




Marques de Pombal

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Periodo pombalino


Com a expulsão saíram do Brasil 124 jesuítas da Bahia, 53 de Pernambuco, 199 do Rio de Janeiro e 133 do Pará. Com eles levaram também a organização monolítica baseada no Ratio Studiorum. Pouca coisa restou de prática educativa no Brasil. Continuaram a funcionar o Seminário episcospal, no Pará, e os Seminários de São José e São Pedro, que não se encontravam sob a jurisdição jesuítica; a Escola de Artes e Edificações Militares, na Bahia; e a Escola de Artilharia, no Rio de Janeiro. Os jesuítas foram expulsos das colônias por Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777, em função de radicais diferenças de objetivos. Enquanto os jesuítas preocupavam-se com o proselitismo e o noviciado, Pombal pensava em reerguer Portugal da decadência que se encontrava diante de outras potências européias da época. A educação jesuítica não convinha aos interesses comerciais emanados por Pombal. Ou seja, se as escolas da Companhia de Jesus tinham por objetivo servir aos interesses da fé, Pombal pensou em organizar a escola para servir aos interesses do Estado.
Através do alvará de 28 de junho de 1759, ao mesmo tempo em que suprimia as escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias, Pombal criava as aulas régias de Latim, Grego e Retórica. Criou também a Diretoria de Estudos que só passou a funcionar após o afastamento de Pombal. Cada aula régia era autônoma e isolada, com professor único e uma não se articulava com as outras. Portugal logo percebeu que a educação no Brasil estava estagnada e era preciso oferecer uma solução. Para isso instituiu o "subsídio literário" para manutenção dos ensinos primário e médio. Criado em 1772 era uma taxação, ou um imposto, que incidia sobre a carne verde, o vinho, o vinagre e a aguardente. Além de exíguo, nunca foi cobrado com regularidade e os professores ficavam longos períodos sem receber vencimentos a espera de uma solução vinda de Portugal. Os professores eram geralmente mal preparados para a função, já que eram improvisados e mal pagos. Eram nomeados por indicação ou sob concordância de bispos e se tornavam "proprietários" vitalícios de suas aulas régias. De todo esse período de "trevas" sobressaíram-se a criação, no Rio de Janeiro, de um curso de estudos literários e teológicos, em julho de 1776, e do Seminário de Olinda, em 1798, por Dom Azeredo Coutinho, governador interino e bispo de Pernambuco. O Seminário de Olinda "tinha uma estrutura escolar propriamente dita, em que as matérias apresentavam uma sequência lógica, os cursos tinham uma duração determinada e os estudantes eram reunidos em classe e trabalhavam de acordo com um plano de ensino previamente estabelecido" (Piletti, 1996: 37). O resultado da decisão de Pombal foi que, no princípio do século XIX (anos 1800...), a educação brasileira estava reduzida a praticamente nada. O sistema jesuítico foi desmantelado e nada que pudesse chegar próximo deles foi organizado para dar continuidade a um trabalho de educação. Esta situação somente sofreu uma mudança com a chegada da família real ao Brasil em 1808.

http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb03.htm

Educaçao Jesuitica no Brasil Colonial



Educaçao Jesuitica no Brasil Colonial


Fonte:SAVIANI,Dermeval.
OS PRIMEIROS JESUÍTAS
cvjesuitas.zip.net
Historia das idéias pedagógicas no Brasil.
*Com os portugueses vieram os jesuítas e por mais ou menos 200 anos foram eles que inicializaram o objetivo da educação no pais e eram os únicos responsáveis por isso.


Linha do tempo
1500-Chegada dos portugueses
1534-Criação das capitanias hereditárias
1549-Chegada dos Jesuítas ao Brasil
1564-Redizima :10%da arrecadação de impostos para a educação
1568 -Inicio da escravidão africana
1599 -Versão definitiva da Ratio Studiorum
1750 -Inicio da Revolução IndustrialTratado de Madri anula o Tratado de Tordesilhas
1759-Supressão da ordem dos jesuítas das colônias de Portugal


Colonização e Educação

1500-Chegada dos portugueses ao Brasil. O Brasil entra para a civilização ocidental e cristã.
O rei de Portugal era Dom João III
1549-Chega ao Brasil o primeiro governador geral, Tomé de Souza, Trazendo consigo os primeiros jesuítas(4 padres e 2 irmãos) chefiado por Manuel de Nóbrega.
A ordem dos jesuítas tinha como objetivo principal apenas trabalhar a questão da religião. Tempos depois começaram a abrir colégios para a elite.
A missão dos jesuítas era a de converter os gentios;os índios para a religião católica porque eram vistos como seres sem nenhuma pratica de ligação religiosa,sem serem considerados seres humanos.
A historia da educação basílica se inicia com a chegada dos jesuítas.
A inserção do Brasil no chamado mundo ocidental deu-se por meio de um processo envolvendo três aspectos:
-Colonização
-Educação
-Catequese
Portugal era o pioneiro na expansão ultramarina.Todavia atrasado no desenvolvimento capitalista, já que a Inglaterra era a mais avançada nesse aspecto.
Utilizava se a inquisição como instrumento político.
Etapas no processo de educação colonial no Brasil:
1ªetapa(1549-1570): chegada dos jesuítas, ate a morte de Nóbrega.
2ªetapa(1599-1759): organização e consolidação da educação jesuítica centrada no Ratio Studiorum.
3ªetapa(1759-1808): fase pombalina. Os jesuítas dependiam diretamente do governo português e isso preocupava o governo e na época, a educação começava a se expandir para os filhos dos fazendeiros e não apenas aos índios. Na Inglaterra começava o Iluminismo.
Uma Educação Pedagógica
Uma pedagogia Basílica
1.A Educação Indígena
Modelo de sociedade existente com a chegada dos portugueses ao Brasil:
Não eram apenas sociedades estruturadas em classes.
Apropriavam se de forma coletiva dos meios necessários à subsistência.
Cultura transmitida oralmente educação em ato que se apoiava em três aspectos:
-à força da tradição
- à força da ação
- à força do exemplo.

As ordens Religiosas e a Educação Colonial

Os franciscanos foram os evangelizadores do Brasil.Vieram com Cabral, mas retornaram em maio do mesmo ano.
Outras ordens fizeram presentes no processo de colonização:
-beneditinos
-carmelitas
-oratorianos
-jesuítas.

Uma Pedagogia Basílica

Primeira fase da educação jesuítica foi marcada pelo plano de instrução elaborado por Nóbrega: aprendizado dos portugueses, doutrina cristã,a escola de ler e escrever.
Opcionalmente, canto orfeônico e musica instrumental;aprendizado profissional e agrícola e gramática latina para aqueles que se destinavam à realização de estudos na Europa.
Estratégia utilizada para a organização do ensino: agir sobre as crianças.
Objetivo:converter toda a tribo para a fé cristã.
Pedagogia Basílica: Pedagogia formulada e praticada sob medida para as condições encontradas pelos jesuítas nas ocidentais terras descobertas pelos portugueses.

A Institucionalização da Pedagogia Jesuítica

1564 – Adotado pela coroa portuguesa o plano da redizima :10% dos impostos arrecadados eram destinados a manutenção dos colégios jesuíticos.
1599 – Promulgação do plano de estudos para vigorar em todos os colégios da companhia.
O plano contido na Ratio Studiorum era de caráter universalista e elitista.
Os estágios iniciais previstos no plano de Nóbrega foram suprimidos em detrimento do novo plano de estudos que começava pelo curso de humanidades.
As idéias pedagógicas expressas na Ratio correspondem ao que passou a ser conhecido na modernidade como pedagogia tradicional.
Essa concepção pedagógica caracterizou- se por uma visão essencialista de homem.

O desejo de sabedoria e a Paidéia justa em Platão



O desejo de sabedoria e a Paidéia justa em Platão



Pedro Angelo Pagni e Divino José da Silva






    PLATÃO
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Platão nasceu em Atenas, em 427ª.C, e morreu em 347 a.C.

Recebeu a educação clássica dos jovens atenienses, sendo preparado fisicamente para os jogos e para a guerra.Freqüentou os sofistas para adquirir habilidades retóricas.
Tornou se discípulo de Sócrates.Ao seguir a filosofia socrática e ao tentar amplia lá, Platão questiona a formação aristocrática que recebeu os modos de vida ao qual estava submetido.Sócrates marcou profundamente a vida e a educação do discípulo Platão a ponto de se tornar personagem principal das suas obras.
O pensamento de Sócrates se confunde com a própria obra de Platão. Platão apresenta Sócrates em sua obra ora como mestre ora como personagem.

Da herança Socrática ao desejo de sabedoria Platônica

Com Sócrates se inicia a consolidação da filosofia como reflexão sistemática sobre o agir humano, a possibilidade de construir um Estado a partir de uma ordenação racional.O pensamento platônico se concentra sobre esses aspectos.A filosofia platônica confirma e amplia as pretensões da filosofia socrática, que é de ser uma Paidéia que aspira resolver o problema da Educação do Homem em que postula para si o direito de decidi-la.Assim como Sócrates, Platão põe em relevo o desejo à sabedoria como condição para a liberação do homem da ignorância e para a constituição de uma cidade ou de um Estado justo.Platão procura chegar ao conhecimento do valor absoluto que Sócrates buscava e por meio dele, restituir à ciência e a vida uma unidade perdida.A filosofia e a pedagogia platônicas haviam sido derrotas pelos gregos. Platão não desiste de esboçar uma filosofia e uma pedagogia que se contraponham à decadência política, ética e educativa grega.


O Estado Justo e o Homem virtuoso como ideais da Paidéia Platônica


Platão tem consciência de que a reforma moral e política de Atenas demanda uma redefinição da justiça.O verdadeiro significado da justiça a define a partir de homem virtuoso e do ideal de cidade justa.Para ele, a cidade ideal seria aquela constituída de três estratos, a saber: o dos artesões ou trabalhadores; o dos guardiões ou sentinelas; o dos magistrados ou governantes; em que todos viveriam em perfeita harmonia.
A ética consiste em dominar a alma aperititiva ou concupiscente pela razão.O não submeti mento da alma racional a esferas inferiores seria, assim, condição para que o homem se tornasse virtuoso e a virtude fosse um conhecimento de si.Para Platão, o desenvolvimento das virtudes de cada cidadão respeitando sua natureza, deveria ocorrer no sentido de contemplar as qualidades exigidas para o bom funcionamento do estado justo. Isso ocorreria, segundo ele por intermédio da reforma da cultura e da Educação de seu tempo, tendo em vista a constituição da Paidéia justa.A nova educação dependera do valor de conhecimento.Platão tomara como problema a formação daqueles capazes de educar a própria cidade.Por essa razão, a sua preocupação estaria em educar os indivíduos para a justiça, mesmo reconhecendo que há muitas formas de esse educador se desviar dessa meta.
O Caminho da Reflexão Filosófica e da Constituição da Paidéia Justa

Platão afirma que sua reflexão filosófica segue um caminho próprio, baseado numa teoria do conhecimento. Ele o denomina de dialética e o interpreta como o processo de ascese do conhecimento do mundo sensível, em que este se processa apenas como opinião, para o mundo inteligível, em que se alcança o conhecimento da ciência .Entende se por dialética ainda , o produto do pensamento que ,pela intuição intelectual,contempla as idéias verdadeiras e , entre elas, a idéia de sumo Bem ,por meio do qual o sábio filosofo e o Estado deveriam orientar a conduta, a ética e a política .

Paidéia platônica
O seu concito Maximo é o de Bem, Belo e Justo.São as categorias as quais o seu pensamento se refere e que compõe a base de todo o seu sistema.O Bem para ele é o fim ,o ultimo que o homem busca, é a virtude máxima,é o Absoluto.O belo é a Realização.Justiça ,é o elemento ordenador da desordem possibilitando assim, uma harmonia na busca do Bem.Assim ,a Justiça é como o Belo e o Bom, é uma derivação da busca pelo Bem Absoluto.Em Platão o conhecimento é visto como a busca pelo saber, ou seja, esta atitude é um ato de amor, não um amor qualquer, mas um amor à sabedoria, onde o saber filosófico, na verdade,é uma negação de se saber que sabe, provocando assim, um continuo desejo de saber mais.


O que significa para Platão a Paidéia, ou seja, a formação do homem:


Para Platão, o homem deve ser educado não em uma única disciplina ou forma de pensamento, ele deve ser educado num contexto mais amplo, onde através do exercício da arte, justiça,beleza,Política,cultura,etc.,o homem possa purificar sua alma e caminhar rumo a direção do Bem.Desta maneira,o homem é um ser de varias dimensões que somente são incorporadas e entendidas quando ele as vive na pratica , construindo para si um caráter social e intelectual que conduz a Justiça,Beleza e Bondade que culminaram no Bem Absoluto.Para ele o único homem que alcançou este bem foi Sócrates.

http://http://www.hottopos.com/videtur18/gilda.htm